Com a tecnologia na educação o professor realiza seu verdadeiro papel, sendo o de mediador entre o aluno e a aprendizagem, o facilitador, o incentivador e motivador dessa aprendizagem, podendo dinamizar a aprendizagem do aluno, trabalhar em equipe junto com o aluno, buscando os mesmos objetivos, ou seja, desenvolvendo a mediação pedagógica.
O professor pode transformar uma parte das aulas em processos contínuos de informação, comunicação e de pesquisa, onde o professor mostra alguns cenários, algumas síntese, o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema. Professor junto com o aluno procuram novas informação, cercam um problema, desenvolvem uma experiência, avanço em um campo não conhecido. O professor motiva, incentiva, dá os primeiros passos para sensibilizar o aluno para importância da participação do aluno neste novo processo de aprendizagem, pois aluno motivado e com participação ativa avança mais, facilitando todo o trabalho a ser desenvolvido com o uso do computador. O papel do professor agora é o de gerenciador do processo de aprendizagem, é o coordenador de todo o andamento e do ritmo adequado.
Diante desse processo de aprendizagem tendo o professor como mediador pedagógico, o mesmo tem de estar voltado para a aprendizagem do aluno, assumindo que o aprendiz é centro do universo do ensino; professor e aluno constituem a célula básica do desenvolvimento da aprendizagem, por meio de ações e relações conjuntas; deve haver co-responsabilidade e parcerias nesse processo; criação de um clima de mútuo respeito entre professor e alno; dominío profundo de sua área de conhecimento, demonstrando competência; criatividade como elemento de busca e motivação para o surgimento de situações inesperadas; disponiabilidade para o diálogo; subjetividade e individualidade: professor e aluno são seres humanos com subjetividade e com identidades individuais.
Em relação ao papel do professor diante deste novo panorama de aprendizagem que se desenha, um processo de formação contínua requer professores que aprendam ao mesmo tempo que os alunos, buscando atualização dos seus saberes e das práticas pedagógicas. Além de mobilizar novas aprendizagens e novos níveis de pensamento, o professor caracteriza-se neste novo panorama como um animador e facilitador de aprendizagem cooperativa.
O sucesso do uso da informática nas escolas está diretamente condicionado ao professor. Existem mil possibilidades de produtos interessantes que podem sair dessa relação, mas, para tanto, é preciso uma mudança de paradigma na nossa educação: o professor tem que sair da posição de autoridade e reconhecer no seu aluno a possibilidade de troca e de produção coletiva.
Alexandre Soares, professor de química da rede pública gaúcha e agente multiplicador de tecnologia educacional argumentou que “A idéia de ficar no quadro negro de forma autoritária não cabe mais nesse modelo de educação tecnológica. É preciso investir na mudança cultural do professor para que ele veja que, ao sentar e aprender junto com um aluno, ele não perde sua autoridade e nem seu conhecimento”
